Dia 20 de Novembro, o Brasil comemora “O Dia Nacional da Consciência Negra”

Motivo de orgulho, afinal é a única raça há ter um dia no calendário oficial.

Em algumas cidades é feriado, em São Paulo por exemplo. Em todo país a data é comemorada com muitas festividades, são feitos encontros, palestras, workshops, missas, e até concurso de Beleza Negra, como o que está ocorrendo na vizinha São Sebastião do Paraíso.

O dia 19 de Abril é o dia Índio, e mesmo tendo roubado suas terras e ter praticamente exterminado a população indígena com o desmatamento e nossas doenças de “brancos” não demos a eles um feriado sequer, apenas sabemos porque nossos filhos quando pequenos chegam com “a cara pintada”, depois que crescem mal se lembram!

Então é correto termos O Dia Nacional da Consciência Negra? Lógico que sim, afinal, eles não ficaram escondidos nas matas, não se isolaram do resto do mundo em seus “quilombos”,  vieram somar conosco, ajudaram a construir esse País.

Se formos analisar, é a única raça que briga por seus direitos, e vão até as ultimas consequências. Méritos deles, os negros, ou afro descendentes, foram à luta e conquistaram muito: cota em empresas, universidades, mídia, televisão, e esse ano a Saúde Publica criou uma norma de Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.

Foram muitos processos, até chegarem aqui, antes às propagandas da TV, exibiam pessoas brancas, loiras e de olhos azuis, era algo meio “Hitler”. Agora toda propaganda tem um afro descendente, ou vários, como deve ser, pois essa é a cara de nosso País. Segundo dados do IBGE estimasse que a população do Brasil hoje ultrapasse os 45% entre negros.

Numa população de 191.992.313 habitantes, o número é considerável, um verdadeiro exército comandado até hoje pelo Zumbi dos Palmares.

Um povo que batalha, se impõe e se orgulha de suas raízes... Ter um feriado e ter um representante na Casa Branca, nem adianta ficar com inveja, pois não existe uma raça com tanta determinação!!!

Muitos povos sofreram e sofrem até hoje discriminação racial, a história está aí para provar.

 Os Negros não foram os únicos escravos, no começo da civilização pessoas eram vendidas por mercadores em praças publicas, não pela cor mas por não terem posses, não serem de família nobre. Quer povo mais perseguido que os Judeus, isso remonta a civilização e é bíblico.

Filmes foram feitos para retratar o sofrimento dos então sobreviventes do Holocausto. Porém isso tudo parece um livro, ficou no passado lá atrás.

A assinatura da Princesa Isabel em um papel não foi o suficiente, a tal Lei Áurea não supriu a necessidade do negro que queria não somente a liberdade, mas o direito de usá-la.

E hoje, em pleno 2009, há os que dizem que muito ainda há que ser feito, que o espaço do negro no Brasil conquistado através de “cotas” sucumbe ao racismo, e existem outros que já acham que se não fossem as cotas tudo estaria como antes.

Cristina Queiroz